domingo, 31 de agosto de 2008

A espera.





A sensibilidade a respeito da incerteza futura nos faz adotar uma postura inconstante de espera. Manter-se esperando frente as expectativas tão minuciosamente construídas; manter-se esperando mesmo conhecendo a flutuabilidade do dia de hoje; manter-se esperando apesar da simplicidade das menores mudanças que podem mudar tudo.

Esperar é como fixar-se sob pontos móveis.

Crer na realidade irreal.

Enriquecer com sonhos o que ainda permanece incompleto.


As propostas pensadas e repensadas para colocar um fim a espera são inúmeras, mas há um impacto silencioso que domina toda e qualquer vontade de querer deixar de esperar... A doçura da presença de um Pai que revela a diferença sutil entre escolher "entregar" o futuro a Ele ao invés de "abrir mão" dos seus sonhos. Ele simplesmente pede a nossa entrega!

E quão grandes coisas é possível fazer quando se aprende a entregar a nossa vida.

Todo desequilíbrio e instabilidade encontram paz; os paradoxos não se contradizem mais; e a espera torna-se em certeza.

A certeza de que o futuro incerto é certo quando há entrega. E que nenhuma espera está distante daquilo que Deus quer fazer, porque já está sendo feito. É só confiar.

E acho que tenho aprendido a confiar na certeza da espera!


Um abraço.

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