Carrego em meu ventre uma criança que pode ter sua vida interrompida antes mesmo de nascer.
Carrego dentro de mim uma filha que pode me deixar antes de eu ver o seu rosto.
Carrego dentro de mim outro coração que, de repente, pode parar de bater.
Te carrego em mim, sem domínio algum sobre você.
E sou grata a Deus por isso: por estar nas mãos dEle o poder da vida e da morte.
Minha filha está em mim, mas é dEle. Eu a carrego, mas a sua formação vem do Senhor.
A única coisa que posso fazer, é confiar nEle e em sua vontade.
Ele que tem todos os nossos dias contados, e conhece da nossa vida antes da gente vivê-la.
Sobre o texto:
Escrito em 25 de abril de 2020, na turbulenta gestação da Aimée que, graças a Deus, nasceu em 30 de setembro de 2020.
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