sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Ja sei

"Eu sei que eu ja sei, e as vezes queria não saber, mas eu já sei agora, e não adianta eu querer que seja diferente, porque eu sei que é assim.

E eu sinto muito por saber, principalmente por saber que é assim e que nada que eu faça vai mudar o que é, porque será assim sempre.

E eu só sei que eu preciso aceitar que não é pra ser mesmo, mesmo que eu queira que seja!!!"

Carol Broch - 05/05/2006




"A sensação de não saber, nem compreender aquilo que pode ser mas ainda não está aqui.
Ou, não saber se realmente não sei, ou ainda, saber que eu sei e ter medo de me enganar.
A mistura dos meus pensamentos com minha realidade quase não se encontram,
e ja nem sei se vivo a realidade com esses pensamentos.
E mais uma vez, é o tempo quem vai responder ou calar, mas por enquanto,
permanece o silencio".

Carol Broch - 08/04/2008


ps. Lembrancas de mim, desde cedo, complicando o que é simples.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Palavras ao vento





Pra onde vão as palavras ao vento?
E as que ficam só no coração?
Tudo são palavras, até o que não é dito.

Hoje eu questionei meus gostos, meus livros, minhas roupas, minhas escolhas e até isso que eu estava pensando eu questionei tb... e me perguntei:
Porque eu sou influências?
Porque sigo padrões impostos?
Porque me deixo levar pela correnteza?

Tantas vezes esqueço quem sou.
E vou sendo os outros,
e sou outros que nem sabe quem são
porque também são influências de outros.

Esse caminhar dos dias, com tantas preocupações, responsabilidades e afazeres...
me roubam as idéias.
Me roubam de mim.
E se eu não der importância a minha essência,
serei mais um pássaro engaiolado, mas satisfeito por estar vivo.

Não, não vou me conformar em estar viva sem querer mudar minha condição.
Sou pássaro, nasci pra ser livre.

Essas eram as palavras que estavam só no coração,
e que agora, lançei ao vento.
Para onde vão essas palavras?

Carol

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Há.



;
Há tantas faltas, mais do que erros
E se faltas são erros,
sobraram erros.

Há o tempo que não volta,
Há o caminho que confunde,
Há o sonho que não é.

Preciso deixar de enfatizar aquilo que não há
como o dia de amanhã que ainda não chegou
E viver o aqui.

Há o dia de hoje,
Há o caminho que ensina,
Há outras chances
e talvez outros dias.

quarta-feira, 30 de junho de 2010

a vida muda!

c



"Acho que cansei de só teorizar a vida, agora quero viver um pouco.
E talvez seja por isso que não tem palavras dentro de mim para serem ditas
meu comportamento são minhas palavras nessa fase.
Não quero ter respostas, 
mas quero mudar de opinião. 
Quem pode ver como eu estou vendo?
Dizem por ai que a vida tem a cor que a gente pinta.
É verdade!
Estou pintando a minha.
E dizem também, que uma imagem vale mais que mil palavras".

segunda-feira, 10 de maio de 2010

.A vida não examinada.

        

              
                 

Você tem coragem de se perguntar qual o sentido das escolhas que você faz, quem é a pessoa que está por trás de você, e como é o seu coração? Você tem coragem de dizer que as vezes não sabe? Ou você sempre tenta se convencer de que você é aquilo que você faz (sua profissão, faculdade)?
Você tem coragem de se questionar e estar ciente que derepente talvez você esteja enganado sobre você mesmo? Que você pode não ser quem você pensou que fosse? E que só você mesmo pode salvar a sua alma?
Já pensou que viver uma vida sem questionamentos, e consequentemente, sem sentido, é perder a sua alma?
Já te falaram que as respostas podem machucar, mas que doem menos que a ausência de perguntas?
Quem é você?

Quase fui covarde em ter coragem. Mas salvei a minha alma.
Sou uma resposta.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A descoberta do mundo

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Em seu livro: Ortodoxia, G. K. Chesterton conta a história de um navegador inglês que queria descobrir novas ilhas e encontra a Inglaterra. Ao passo que ele sente-se realizado por encontrar um "novo" mundo, ele descobre que está em seu próprio país, que acabara de descobrir o que já fôra descoberto antes...
Me sinto como esse navegador, que enfrentou o mar, as tempestades, dedicou tempo à sua busca... e simplesmente descobriu o próprio lugar que sempre esteve.

Descobri a realidade. E nela, não é impossível ter coragem de enfrentá-la.


 
"Dissestes que se tua voz
Tivesse força igual
À imensa dor que sentes
Teu grito acordaria
Não só a tua casa
Mas a vizinhança inteira..."


 
Esse é mais um grito.


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terça-feira, 6 de abril de 2010

vôo




Expôr. Tem dias que coloco tudo no varal. Fico nua diante do mundo, me exponho.
Recolher. Tem dias que não tenho medo do tempo, dos pensamentos alheios, deixo tudo o que eu visto a vista, não recolho, não guardo.
Medo de errar eu não tenho mais, nem de estar errada. Só temo, temer.
MEus gritos sempre são de palavras, que podem ser ouvidos de mais longe.
E meu grito hoje é pra dizer que eu encontrei um pássaro livre, e por hoje, não me sinto sozinha nesse céu.

segunda-feira, 22 de março de 2010

x




"Há escolhas que mudam os caminhos porque algum caminho
 mudou o jeito de pensar e de escolher.
E quando se percebe, o caminho é outro, é novo.
Só você mesmo pode acompanhar suas mudanças."



x

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Clarice e Carol

  Não sei escrever. E nunca fui muito boa em falar, por isso achava mais fácil falar escrevendo, mas continua difícil, não sei me exteriorizar, fica tudo guardado.
  Esses dias não sei porque ao certo, mas escorreram algumas lágrimas quando eu lia um texto da Clarice Lispector, ela conseguiu exteriorizar a falta de palavras em palavras, fiquei sem reação (como em quase todas as vezes) por encontrar alguém que passa por processos semelhantes aos meus. Acho que eu sempre tive essa tendência: de me empolgar com pessoas que penso que são parecidas comigo e me entendem sem dizer a elas.
  Fico me perguntando o que eu tenho feito com meus dias, quais são meus sonhos, e até onde eu devo sonhar. Quanto mais eu cresço, mais descubro que existe uma realidade que me limita, e eu devo deixar? Devo ir sendo ou devo ter alvos? 
  A Clarice falava sobre isso, sobre a desorientação. Em como ela sempre precisava de uma finalidade para tudo que iniciava, e em como ela precisava deixar as coisas organizadas mesmo sabendo que talvez tudo fosse uma mentira só pra que se sentisse segura.
  E derepente ela se vê diferente, ela se vê de verdade, e se encontra em meio a uma desorganização da qual ela não sabe lidar, poque ela sempre quer respostas pra tudo, e então ela se questiona o porque do seu medo de ser levada, de viver o que não entende, de se guiar pelo que for acontecendo.
  Nesse meu momento de estar perdida, assim como a Clarice no seu momento, eu quero ter a coragem de me deixar continuar perdida, apesar do meu medo de viver o que não entendo. Porque são muitas as coisas que eu encontro quando eu paro de olhar só para um lugar, quando eu paro de confiar em mim, quando eu paro de ter a sensação que tudo está no seu lugar.
  Acho que eu não sei escrever porque não tem como diminuir o que quero dizer, porque todas as coisas que quero dizer envolvem todas as outras do universo e levaria todo o tempo do mundo. Por isso fico desorientada, pq não sei por onde começar, se deve ser dito, e se termina.
  E então, fica assim, sem terminar... sem dizer.